A Erlichiose Monocítica Canina ou Pancitopenia Tropical Canina é uma moléstia transmitida pelos carrapatos do gênero Rhipicephalus sanguineus, aquele carrapato vermelho, bastante comum nos cães.
O agente transmissor da doença é a Erlichia canis, um parasita microscópico que que se aloja nas células mononucleares do sangue dos cães. A transmissão se dá quando um carrapato contaminado se alimenta do sangue do cachorro. Desta forma, compreende-se que o surgimento do problema não está diretamente relacionado com a infestação do animal, pois basta um carrapato contaminado, para difundir a doença.
Os sintomas são muito variados e dependem da reação do organismo à infecção. Os mais comuns são as hemorragias, perda de apetite e depressão. Alguns pacientes chegam até a parar de andar. Na fase subclínica, que pode durar de 6 a 10 semanas, o animal está aparentemente saudável, sem quaisquer sinais de desordem, e as alterações só podem ser visualizadas no exames de sangue. Em casos mais raros podemos encontrar edema (inchaço) nas patas, perda de apetite, palidez nas mucosas, olhos turvos etc.
A doença pode ter um curso agudo, com sintomas como febre, falta de apetite, perda de peso, vômito e depressão, que podem surgir entre uma e três semanas depois do contágio. Como o número de plaquetas (elemento que promove a coagulação do sangue) diminui muito, é possível que o animal apresente sangramentos no nariz, na urina ou nas fezes. Por esse mesmo motivo, podem aparecer manchas ou pontos avermelhados (petéquias) na pele e nas mucosas, além de dificuldade respiratória.
Nos casos em que se desenvolve uma doença crônica, os sintomas são percebidos mais facilmente como perda de peso, abdômen dolorido, aumento do baço, do fígado e dos linfonodos, depressão, pequenas hemorragias, edemas nos membros e queda no sistema imune, deixando o paciente mais suscetível a infecções secundárias.
A erlichiose mata, mas quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura. O diagnóstico pode ser feito pelo hemograma completo ou por exames mais específicos, como imunofluorescência direta.
O tratamento é feito com antibióticos e suplementação nutricional. Por vezes, dependendo do estado do animal, recomenda-se internamento com fluidoterapia e/ou transfusão de sangue.
A melhor forma de prevenção é a eliminação dos carrapatos (principalmente os que estão no ambiente). Mas isso já é assunto para um outro tópico...
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